Rosy conheceu Lula em São Paulo,
nos anos 90 quando trabalhava no Banco do Brasil, enquanto frequentava o
sindicato da categoria.
Era uma bonita morena de cabelos
longos, pretos e contornos voluptuosos. Seu perfil contribuiu para que ela
logo chamasse atenção dos chefes petistas como José Dirceu de quem se aproximou
e logo foi contratada por ele, como secretária. Alguns meses mais tarde, Rosy
começou a circular em torno de Lula; naquela época, candidato derrotado por
duas vezes em disputas à Presidência. A partir daí, embora trabalhasse para José
Dirceu passou a organizar a agenda de Lula e cuidar das suas contas.Ao longo de
2 anos, com a proximidade mais fortalecida, Lula chegou ao poder, criou um
escritório para a Presidência da República em São Paulo e Rosy foi incluída na
lista de funcionários.Em princípio, tomou a iniciativa de reformar o escritório.
A seguir, foi promovida a chefe, com salário de 11.000 reais. A partir daí,
Rosy se ascendeu a um novo patamar. Nas viagens internacionais a que Marisa não
ia era Rosy que acompanhava Lula num total de 28 vezes. Foi ela, a única da
comitiva a se hospedar na ala de Lula.
Frequentemente coordenava almoços
com diretores do Banco do Brasil, sugeria vinhos caros, lagosta, camarão e
outros pratos sofisticados.
Entrosada com a alta cúpula se
esbaldava favorecendo ricos empresários e a quadrilha pela qual está incriminada
capaz de facilitar acesso com base em amizades estratégicas dentro do governo.
Em troca de favores conseguidos com o presidente Lula, exigia empregos,
mordomias, ingressos para camarotes no carnaval, Cruzeiros no litoral paulista,
pagamentos de cirurgias parcelas de apartamento financiado... E, ao mesmo tempo
que mexia com interesses graúdos era uma petequeira que lidava com miudezas.
Mas em todos os casos, era ambiciosa.
Exigia presentes e agia com muita empáfia, uma vez que todo e qualquer
interesse da Presidência, naquele estado, teria que passar pelo crivo de
Rosemary.
