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11 de jun. de 2010

OS DIREITOS DO MAU PAGADOR



DEVO NÃO NEGO, PAGO QUANDO PUDER ( Leia até o fim )

Nem sempre aquele que amarga o nome no SPC, SERASA,CDL, CCF e outros pode ser tachado de “monstro” como pintam os cobradores.
Ainda que a dívida tenha virado uma “bola de neve” ou tomado proporções aviltantes, quem está devendo é acima de tudo um ser humano apelidado de mau pagador; um cidadão digno da mais tenra compreensão.
A inclusão do nome do Consumidor se escancara no cadarço de inadimplência enquanto a dívida estiver ativa e elevada à enésima potência nas discussões em órgãos de restrições. Aumenta-se a correspondência de avisos de débito como se o endividado não soubesse, das suas obrigações. telefonemas o pau que roda tudo na tentativa de acordos ludibriantes com vantagens unilaterais além de muita discussão na justiça equivalente a uma forma de ameaça e constrangimento o que é inconstitucional.
Ademais, o pobre diabo que viu derramar a sua dívida sem nada poder fazer, agora sofre detonado; com o pescoço atolado e, sem força de mais acordo, deixa se levar pelos espertalhões do tipo ( de alguns ) que só enriquece com a desgraça dos outros.
Mas, nem tudo está perdido. De alguma forma, ainda que padeça com a fama de caloteiro, o endividado não deixa de ser cidadão e continua tendo direito de ir e vir que ninguém lhe tira, – conforme reza à Constituição-. Nesses casos é onde o desafortunado não está totalmente mergulhado no fel. Mas, como assim ?Mesmo não tendo cumprido com o compromisso?
Sim, consegue sair dessa amparado pela lei, impedindo a inclusão do seu nome no Cadarço da ficha suja. Não importa se a dívida é 1 real ou 1 milhão.
A própria Constituição Federal –Que é a lei suprema de nosso país assegura:
* A dignidade da pessoa humana (artigo 1º, inciso III);
* A inviolabilidade da honra e a imagem das pessoas (artigo 5º, inciso III);
* O Direito à Ampla Defesa (artigo 5º, inciso LV).

Além disso o Código de defesa do consumidor regula os procedimentos de bancos e empresas para com seus clientes. Procedimentos estes, que são desrespeitados em quase 100% dos casos.
Até aqui, a impressão do leitor é de que eu esteja fazendo apologia ao mundo dos endividados ou os chamados caloteiros; hoje, muito comum.

A minha pretensão com esses escritos se resume em mostrar que a lei é condescendente mas a sociedade capitalista é a culpada por gerar consumismo que leva a perda do controle.

O que acontece é que muitos que se endividam e depois de perderem o controle como o chamado TOC colocam em si uma realidade que não é sua . Se esquivam de tal maneira a não procurarem os direitos que lhes assistem para não se exporem à discriminação de uns perante os outros.
A grande maioria tende a viver a mesma situação.
A sociedade tem uma grande parcela de culpa e as leis se obrigam a protegê-la com seus erros e acertos. Com isso, a sociedade torna-se capitalista mas vive de aparência. Não perdoa nem é perdoada quando um é visto pelo outro em dificuldade. Por dinheiro ela é capaz de ditar leis, discriminar e até matar.Se for possível até matar-se para renascer em melhores condições.

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