"Eu era feliz e não sabia !" |
Quem aplaudia o ídolo Bruno, jogador do flamengo, atento na defesa do seu time e o vê hoje como faxineiro de pavilhão, sente que há no ar uma disparidade que impressiona. O jogador que ganhava quase 500 salários mínimos ao mês, passou a contentar com a bagatela de menos de 500 reais, desde o mês de julho, para encarar a faxina do pavilhão onde se acha detido.
Após deixar a bola por uma má causa, o atleta foi levado à prisão acusado de se envolver com o possível desaparecimento e morte de Eliza Samúdio. Além de perder o salário que ganhava, o ídolo de tempos idos perde algumas das suas mulheres, põem a venda seus melhores imóveis e perde também a moral; pagando, por tudo isso, um preço bastante alto.
Só agora, tarde demais, tenta uma mea culpa diante da reflexão de que o crime não compensa. Cai a ficha e o pano das lamentações e reconstituições em um cenário dantesco vai encurtando a esperança de recorrer diante da perversidade do crime.
O goleiro Bruno vive-se em condições periclitantes em sendo um dos 11 300 condenados do sistema prisional de Minas Gerais que trabalha na prisão enquanto cumpre o pesadelo. Nesse acordo, a cada três dias, a pena reduz um dia, ou seja, um "pingo d'água no mar". E, como se não bastasse, só vai valer a contagem da redução depois de ser julgada alguma sentença. E o que é pior, o implicado, ainda não tem previsão de nenhum julgamento!