CENÁRIO COMOVENTE E HUMILHANTE- ÚLTIMOS DIAS DE ELIZA SAMUDIO

ABSURDO

A carta revelada pela testemunha ocular narra o horror vivido nos últimos dias por Eliza. Muito do que foi relatado, bate com outras informações prestadas à polícia.

O sacrifício em si pontuou cenários emotivos de causar revolta a quem na condição de ser humano tenha presenciado o martírio de cortar o coração. Supostamente a sensibilidade de quem assistiu o fato estarrecedor estimulou as denúncias.

Ferida por todo o corpo, pelas surras que levava, muito magra e abatida, Samudio, sucumbida à desgraça não alimentava com medo de ser envenenada. Sem os dentes da frente, foi vista pelo goleiro Bruno e suposto pai, no seu cativeiro, amamentando e acariciando o filho que lhe fora arrancado pouco antes de a indefesa ser conduzida ao cadafalso. Tudo isso porque ela reivindicava como mãe um direito de paternidade do seu amado filho. Que fosse interesseira, vulgar, Maria chuteira como muitas também a são. Aliás, não foi a primeira, nem a última apesar do exemplo extremo do seu fim.

Nada justificava passar pelo que passou. Além do mais, essa não era a hora de tamanha cobrança em proporções desnaturadas.

A insensibilidade dos carrascos, entre eles, o todo-poderoso chefão, autor que motivou a vida de quem não pediu para nascer.

Aos corações duros que cometeram a barbárie de negar o direito normal, digno como outro qualquer, meus pêsames.

Estimamos que onde quer que estejam os algozes, sejam massacrados com a mesma intensidade da dor que provocaram . Só assim repensarão sobre o significado do que fizeram friamente. Impediram covardemente o direito à vida.