CRIME CONTINUADO DEIXA VIÚVA MORTA NO VELÓRIO DO MARIDO

A cena não era fácil de se encarar.

O momento fúnebre naquele velório requeria todo o improvizo que explicava o inesperado.Ao lado do caixão, a jovem viúva Thamara Reis Pereira estava desolada e abatida; cabelos desalinhados,lágrimas pelo rosto, escorridas.

Enquanto recebia pêsames de familiares e curiosos, lamentava os poucos anos vividos com o esposo Júlio César de Jesus e a tragédia que abateu no cruzamento da rua I com D no Bairro Confisco,na cidade de Belo Horizonte MG, onde mora.

Até então,no velório, tudo transcorria num clima normal de comoção dando-se a entender que a brutalidade cumprida,ali se encerrava.

Mas,inesperadamente entre os desconhecidos, surge um homem estranho naquele local onde chega num ato ousado, colocando entre as mãos postas do defunto as suas mãos.

Depois, dirige-se à viúva e diz: "você é a causa de tudo que aconteceu!.."A seguir, nela dispara à queima roupa, nove tiros de uma pistola automática que trazia.

Em vez de uma, agora, são duas as atenções divididas entre dois corpos. Como se tal ação satisfizesse o cumprimento de uma missão, o homem frio, mata e sai calmamente pela porta de entrada.Diz à boca pequena que contra Thamara e Júlio César, pesam as acusações que estão sendo apuradas. Por enquanto especulam-se que os dois crimes pertençam a um mesmo mandante sobre quem possa dever o fato de ser ex- namorado da viúva.

Enquanto não se desvenda o duplo mistério,frente aos holofotes da mídia, o caso ganha repercussão pelo diferencial a que desperta.