A PF estava investigando uma quadrilha de estelionatários e corrupção.
Qual não foi a surpresa nas escutas telefônicas quando deparou-se em um dos contatos, com Marcelo Sato, então esposo de Lurian, filha mais velha do presidente.
O diálogo era com o empresário João Nojiri ligado a uma quadrilha investigada por lavagem de dinheiro, operações cambiais clandestinas, ocultação de bens e tráfico de inflluência.
Fazendo vergonha ao sogro presidente, Sato foi flagrado na gravação, no momento em que negociava o recebimento de R$ 10. 000 reais que deveria ser repassados a Lurian, segundo Polícia Federal.
Oficialmente empregado como assessor parlamentar, o genro do presidente funcionava como lobista do grupo de tráfico e, realmente, nos telefonemas era visível o estreito relacionamento que tinha com a turma.
Na escuta, ele prometia a suspeitos maus elementos, agendar e facilitar o encontro de políticos da cúpula incluindo até mesmo o presidente, por dinheiro.
Lurian em contrapartida nega terminantemente qualquer negociação com o chinês bandido, João Nojiri.
Mas para tristeza e decepção do importante pai, ela foi desmentida "na lata" pelo empresário e pelo marido.
O certo é que ela teria recebido os R$10. 000.
Pela mixaria em dinheiro com a qual se serviram e lambuzaram por tão pouco, em comparação com os altos valores desviados, em negociatas inexcrupulosas, uma honestidade se explica:
Será se o presidente tem deixado a primogênita passar dificuldades ?
Quanto o possível constrangimento de Lula, que deve ter se decepcionado com o envolvimento do casal na coisa feia, soma-se também o escândalo de terem lavado roupas sujas fora de casa. Mas,não convém a V. Exciª se importar com o fato; pois, embora presidente, não é a" palmatória do mundo". Aliás, ultimamente, nem o Papa tem escapado de lavações.