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3 de mar. de 2010

MÉDICOS BRIGAM NA SALA DE PARTO AO LADO DA PARTURIENTE COM CONTRAÇÕES


PIOR QUE BICHOS


No hospital municipal da cidade de Ivinhema a 345 km de Campo Grande em Mato Grosso do Sul, uma discussão acirrada seguida de socos e pontapés entre médicos teria sido motivada pelo valor de R$1oo, pago pelo SUS a uma cesariana.

A cena foi das piores de se ver. Na sala de parto, onde tudo aconteceu, Gislane já estava posicionada a dar à luz depois de ter aguardado ao lado do esposo Gilberto 24 longas horas na fila de espera daquele hospital. Na mesma sala, o médico plantonista da vez que se tratou também da parte do preparo da parturiente, se cuidava da vestimenta do jaleco, enquanto a mulher ali exposta continuava se contorcendo e urrando de dor pelo número de contrações.

Enfim, tudo pronto para começar a cesárea de emergência que nunca tinha início.
Vale esclarecer que o médico plantonista que estava ali, não era o mesmo que a acompanhara no pré-natal.

Mas, não demorou muito para entrar em cena o dito cujo, pronto para iniciar também a operação. Tanto quanto o outro médico, vestia-se como convinha à ocasião, além de trazer um prontuário à mão. Mal comprimentou os presentes foi tomando frente no procedimento que se achava no direito de levar a termo a sua dedicação durante a gestação.

Foi aí que os dois se desentenderam.

o momento não era nada propício disseram as testemunhas, principalmente a paciente que já julgava sem tempo aquele clima de animosidade e desrespeito regado de palavrões e bofetões.

Que fossem brigar la fora depois de se cuidarem primeiro da responsabilidade e mais tarde, com os ânimos frescos, se organizariam muito bem.

Mas a ignorância falou mais alto, com alguma semelhança que lembra o conto de Ângela Lago conhecido na Literatura Infantil.

A fábula da onça e do bode que, embora se tratasse de dois irracionais tiveram no encontro do fim, muito mais educação:

Sem nenhum dos dois saberem da existência do outro haviam construído a mesma morada. No final, entraram em acordo resolvendo muito embora a contragosto dividirem juntos o mesmo teto.

Ao contrário dos bichos, sem diplomas, os dois doutores com formatura em medicina, pais de famílias conceituados, rolaram e atracaram-se pelo chão na hora imprópria deixando de lado o paciente, a ética e, sem pensarem no nenê que tão logo veio a falecer de asfixia pela demora do atendimento.

Diferente do bode e a onça, os dois encontraram-se na hora do parto e não cederam ao consenso. A ignorância falou mais alto no ser humano.

Não pensaram que valeria a pena dividir para não ter que subtrair das suas vidas, no mínimo, seus empregos, a partir de então.

5 comentários:

  1. EXCELENTE A INTERPRETAÇÃO DESSE CONTO.
    REALMENTE FOI ANTIÉTICO DEMAIS PARA OS PARÂMETRoS DA SOCIEDADE BRASILEIRA.
    PARABÉNS

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  2. REALMENTE O OCORRIDO FOI ANTIÉTICO PARA OS PARÂMETROS DE TODA E QUALQUER SOCIEDADE.

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  3. Bichos e homens se enquadram hoje à mesma situação. É isso q vemos hoje.Arre !!Rs.

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  4. Esse negócio de desvio de atenção na hora do parto tem dado muito que falar. Aconteceu quase a mesma coisa com minha cunhada aqui em Caipó.No meio do parto o médico parou para fumar um cigarro. O vício era tão desgraçado.A cr/ nasceu, porém com alguns proiblemas.
    Tino

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