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27 de jun. de 2009

MULHER BEBÊ, USA FRALDAS COM 28 ANOS...


A pequena Maria Audanete não tem nada a ver com os 28 anos que tem.
Bem que poderia, ter sua estatura e outras funções vitais desenvolvidas e, hoje, ter uma profissão e formação superior. Ao contrário da normalidade,é apenas um nenê com cara de 8 meses de vida que usa fraldas e cadeirinha com proteção; papa papinha, e faz biquinho de choro.
A criança parece que parou no tempo,desde quando começou a engatinhar.Tudo indica que o retardo também é de natureza mental.Embora pareça entender tudo a sua volta,não sabe comunicar com palavras.
Para quem duvide da idade que ela tem,Dona Dora, tem como provar.
Vai até o quarto sem janela do casebre onde mora com Seu Raimundo Nonato, o esposo e Maria Audanete. Debaixo de um jarro de flores de plástico, retira a identidade e a certidão de nascimento, registro datado de 07/05/1981 no dia do nascimento. O documento que exibe,está estragado e amarelado pelo tempo, que já conta quase três décadas.
Alegre, meiga, acima de tudo inocente, a princesa, como é chamada na intimidade, é o centro das atenções daquela redondeza chamada Calcária no Estado do Ceará, região Metropolitana de Fortaleza, onde vive e convive com o calor daquela comunidade do mesmo jeitinho faceiro de há mais de 20 anos.
Embora tardiamente, muitos são os endocrinologistas que tentam uma solução para reverter este caso.
A investigação tem como base, disfunção das glândulas responsáveis pelo desenvolvimento normal que não foi diagnosticado nem tratado em tempo hábil.
A menina nascida na periferia, de família humilde, como todos que ali habitam,não foi possível arcar com medidas cabíveis que pudessem prevenir a causa da deficiência.
Bem que ela deveria, sim, ser hoje, uma pessoa normal, pois, muitos desses transtornos podem ser detectados pelo teste do pezinho a que todos pudessem ter acesso.
Mas, infelizmente, no Brasil, parece que só os ricos têm direito de serem normais.

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