-ENTENDA O ROLO
-DONOS DE RESORT DE LUXO- O PRATO DO DIA
-QUEM É QUEM ?
-R$ 1,5 MILHÃO POR ANO GASTO EM MANUTENÇÃO
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Jaçumã Ocean Resort- seis donos dividem manutenção milionária |
As conseqüências da queda do helicóptero modelo esquilo não se restringiram a dor de irreparáveis perdas. O enterro das pessoas ainda não é o fim. As idas a uma festa de aniversário em patrimônio de luxo está, ainda, contando muito.
O elo do governador Sérgio Cabral com o empreiteiro Eike Batista foi mostrado a exemplo de outros como Fernando Cavendish que era aniversariante naquele dia. Convites feitos e deslocamentos de número considerável de escolhidos da sociality para comparecimento com honras de reis a sua comemoração natalícia no Jaçumã Ocean resort; um céu aberto na terra, arquitetado em Troncoso, no sul da Bahia, em benefício de seus prazeres terrenos.
Ali, era aonde a alta roda carioca se usufruía.Sem lucro "aparente", eram divididos entre a meia dúzia de sócios, gastos avaliados de R$1,5 milhão por ano em manutenção. Com 50 empregados à disposição dos donos e suas famílias com seus convidados, escolhidos por eles à dedo, se divertiam a valer.
Aliás, quem ali adentrasse, significava ser gente de bem. Gente vitoriosa que se passou pela escolha rigorosa por votação unânime dos 6 criadores do resort.
Tudo está indicando que cada um desses sócios tem uma história na política. Três deles no cenário, diga-se de passagem, bem conhecidos nos últimos dias.
O desastre aéreo foi aos poucos revelando entre Cabral e o empreiteiro Eike um elo bem mais forte do que se pudesse imaginar.
Em meio às apurações que satisfazem à curiosidade dos de fora, são aclaradas entre outras,cortesias avantajadas ao troco de lucros exorbitantes. Foram atrás de respostas às perguntas: de quem era o helicóptero acidentado que saiu de Porto Seguro com amigos e parentes do governador ?
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Cunhada de aniversariante e ex-esposa de integrante... |
Descobriram que era do mesmo dono também, o jatinho Legacy decolado de Santos Dumont, às 17 horas de sexta-feira levando Cabral e família para Porto Seguro de onde sairia para a festa de Cavendish, um dos sócios (suspeito de tráfico de influência), dono da Construtora Delta (campeã de contratos no governo Cabral e na primeira gestão Lula).
Também era sócio do Resort de luxo Marcelo Mattoso Almeida, o que morreu enquanto pilotava com brevê vencido o helicóptero acidentado.
As coisas foram sendo ligadas, arquivos sendo consultados e suspeitas soerguidas. Sobrou até para Madonna em fotos ao lado de Cabral na casa do multimilionário envolvido nas suspeitas em andamento, Eike Batista do ranking mundial.
O certo é que em meio às apurações ficou-se sabendo entre alguns esconsos; quem era quem.
A assessoria de Cabral entrou em contradição merecendo atenção da justiça; quando disse que o governador chegou a Porto Seguro depois do acidente já a noite, para prestar socorro às vítimas do helicóptero. Em contrapartida inocentemente, o prefeito de Porto Seguro Gilberto Abade, teria dito ao "Jornal da Tarde" que encontrara mais cedo com Cabral passeando na sua cidade, tranquilo, sem nenhuma razão, ainda, a preocupar.
A viagem de 10 minutos para o Jaçumã Ocean Resort que seria transportados, por vez, pequenos grupos saindo de Porto Seguro; teve no primeiro grupo, a ida de Cabral para o Resort, sem problemas, até então.
A segunda vez, diferente da primeira, as pessoas a bordo não tiveram a mesma sorte de chegar com vida.
Depois da fatalidade, as dúvidas que pairam ante contradições em explicações de implicados, não convencem.
Nesta hora, o prefeito de Porto Seguro, ajudaria bastante se confirmasse mais uma vez, se ele viu mesmo ou não viu o governador, em Porto Seguro, naquela sexta-feira, bem mais cedo, não diferente do que foi comprovado. Ou teria sido uma ilusão de ótica de sua excelência ?