Enquanto seus pais tentavam acostumar com a ideia da perda, eis que o pequeno Redjeson Hausteen Claude, de dois anos, ergue-se dos entulhos de Porto Príncipe, dois dias depois de soterrado, sem comida, sem água e sem sequer um pequeno arranhão. Envolto aos destroços que restaram da casa onde vivia com os pais, resistiu sozinho a mais de 48 h0ras de dor e medo.
Localizado por um grupo de socorristas espanhois e belgas, Redjeson foi retirado do fundo dos escombros pelo especialista em resgate de montanhas e mergulhador espanhol Félix del Amo. O expert contou com a ajuda do compatriota Óscar Vega Carrera, bombeiro, para conseguir salvar a criança.Retirado do amontoado de restos de construção, o pequeno haitiano mantinha o olhar atemorizado e perplexo. A apreensão se desfez em um largo sorriso quando avistou a mãe, Daphnee Plaisin, e o pai, Reginald Claude. O impacto da emoção de encontrar o filho com vida pareceu paralisar Daphnee que, incrédula e estática, recebeu-o de volta em seus braços dois dias depois do tremor que arrasou a cidade de Porto Príncipe.
A criança que nasceu de novo, deixa na história da catástrofe do Haiti o seu marco de pequeno herói registrado. Nas páginas sangrentas para sempre e para todos os credos, Deus existe. É o marco de uma das maiores provas de milagre.
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